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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Lançamento: Nikon F3


Nos últimos anos, virou costume das grandes marcas de câmeras fotográficas, produzirem modelos com design retro, porém com os últimos recursos tecnológicos disponíveis no mercado. É ai que entra o mais novo lançamento da Nikon com a nova DSLR, Nikon DF, com desenho inspirado no famoso modelo “F”, lançada na década de 60. Apesar da aparência vintage, não se engane com o poder de fogo dessa câmera, ela vem equipada com um sensor digital Full-frame de 16,2 megapixels e o motor de processamento Expeed 3 emprestado da Nikon D4, mesmo sendo uma câmera bem compacta junto do modelo mais sofisticado da marca. Uma característica bem bacana do modelo, e que reforçam a sua proposta retro é o fato da DF ser também compatível com as lentes Nikon pré-1978, tudo isso em um elegante corpo de magnésio em preto ou prata. Mas como não existe ganho sem perda, para manter esse corpo “enxuto” com um sensor tão poderoso, a DF perdeu alguns recursos, como o sistema de foco automático de 39 pontos (anti 51 da D4) e não faz vídeos, ou seja, é uma câmera apenas para fotografar. O modelo trás ainda o prático suporte ao adaptador wireless WU-1ª que permite o envio de fotos diretamente para dispositivos Android. Para acompanhar o estilo vintage a Nikon lançou também uma nova versão da objetiva 50mm f/1.8G em montagem de alumínio, fazendo referencias as antigas lentes da marca, porém dotada de modernidades, como o motor de foco AF-S, com respostas rápidas e silenciosas. A nova DF não é uma câmera barata, custa US$ 2.750 somente o corpo, ou US$ 3.000 no kit com a lente 50mm. Agora nos resta esperar o lançamento dessa máquina no Brasil para vermos o real valor que ela terá por aqui, mas já dá para imaginar que não custará pouco.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Câmeras Full Frame




Comprar uma primeira DSLR é uma grande alegria para todos que amam a fotografia a tem como hobby ou futura profissão, não é que as câmeras compactas não permitam os registros de grandes imagens, mas quem pretende levar a fotografia mais a sério, sabe que em algumas situações só uma DSLR irá ser capaz de proporcionar o mínimo de qualidade, sem contar com as delícias de fotografar em modos manuais e ter a sua disponibilidade uma grande quantidade de lentes e acessórios. Na, digamos, “escala evolutiva” na vida de um fotógrafo (profissionais ou não), aquela tão sonhada DSLR, comprada com tanto esforço já não impressiona mais, o que nos leva à uma nova categoria de câmeras, as Full Frame, modelos mais sofisticados e bem mais caros que as câmera de entrada de sensor Cropado  mais baratas. Mas enfim, o que são câmeras Full Frame? Vamos primeiramente retornar as câmeras de filme de antigamente, a área da película de fixava a imagem tinha um tamanho padrão de 35mm, hoje em dia fabricar câmeras com um sensor no tamanho equivalente a 35mm é bastante caro,  trata-se de um sensor maior, você pode observar isso ao tirar a lente de duas câmeras, uma Full Frame e outra Cropada, o espelho que reflete a imagem da primeira é bem maior que o da segunda. As câmeras Cropadas, por terem um sensor menor apresentam uma área para a fixação da imagem também menor, elas realizam o “corte” da fotografia. Um exemplo é uma câmera com Crop Factor de 1,5X com uma lente de distância focal de 18mm, o “corte” será dado através da multiplicação dos valores do Crop Factor, pelo os números das distâncias focais da lente em uso (18 x 1,5 = 27), ou seja uma lente de 18mm em uma câmera Cropada vai apresentar uma distorção final de 27mm, desse modo podemos afirmar que as câmeras Full Frame são superiores por não alterar o ângulo de visão de uma lente (lembrando que a distância focal em si, não muda). Mas essas câmeras com sensores equivalentes aos filmes 35mm possuem outras vantagens além dessa citada acima, pois proporcionam  imagens mais nítidas mesmo que esteja sendo utilizado um alto valor de ISO, contudo as câmeras mais baratas podem oferecer uma boa características, como elas cortam a imagem, a mesma acaba sendo “aproximada”, no que diz respeito ao ângulo de visão, por tanto se a sua intenção é obter mais zoom as Cropadas são uma boa pedida, com ela uma teleobjetiva se torna mais teleobjetiva, vamos novamente ao pequeno cálculo. Suponde que você esteja usando uma câmera com um fator de corte de 1,5X acoplada a uma lente de 400mm, (1,5 x 400 = 600mm), nessa situação é notável a superioridade das Cropadas em aumentar o ângulo de visão. A decisão sobre qual destes dois tipos de Câmeras, depende muito do que você espera do seu equipamento e principalmente a sua conta bancária, mas duas das maiores fabricantes de máquinas fotográficas do mundo já apresentaram modelos Full Frame que não são tão caras quanto se espera que fossem, embora sejam bem mais caras que os modelos com sensor Cropado: Canon 6D e Nikon D600 (Em média R$7.000,00). Então é isso por hoje, galera, até a próxima.  




quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tipos de Lentes





Você acaba de comprar sua primeira câmera DSLR e começa a sentir de maneira mais realista as emoções que a fotografia pode lhe proporcionar, com está câmera um novo leque se abre, colocando a sua disposição (e do seu bolso) uma infinidade de equipamentos e acessórios que podem te ajudar a conseguir melhores fotografias, claro que todo equipamento só terá seu máximo desempenho se for acompanhado do mínimo de conhecimento técnico, mas  não podemos de forma alguma desprezar a importância de termos os mesmos para a obtenção de boas fotografias, principalmente em algumas situações específica. Como o foco desse blog são fotógrafos iniciantes (meu caso), vamos à indagação de todos nós ao comprarmos a primeira DSLR: Quais lentes deverão escolher? Essa é uma pergunta que não pode ser respondida tão facilmente, ela depende muito do que você irá fotografar, como irá fotografar e suas preferências pessoais, mas vamos exemplificar os tipos de lentes que existem no mercado e suas principais características e utilidades.
Primeiramente devemos saber que uma lente é composta de elementos de vidros ópticos, côncavos e convexos que possuem o objetivo de concentrar os raios de luz, que pode ser direcionado para o sensor digital ou nos filmes negativos (caso das câmeras mais antigas) formando assim a imagem. Uma lente também possui mecanismo de abertura e foco, proporcionando assim nitidez e regulando a entrada de luz nas mesmas. A princípio temos dois tipos de lentes: A fixa e a zoom, as lentas fixas são aquelas que têm a distância focal pré-definida e não pode ser alterada, já as lentes zoom, possuem distâncias focais que podem ser ajustadas conforme a necessidade no momento da fotografia, um bom exemplo são as lentes 18-55mm que vem no kit de uma DSLR de entrada, através de um mecanismo manual o fotógrafo pode alterar a distância focal entre 18 e 55 milímetros. Cada fabricante disponibiliza uma imensa variedade de lentes, por isso analise bem a marca da sua câmera antes de comprá-la, comprou a câmera? Casou com a marca. Atente também se uma lente possui tanto a possibilidade de funcionar como o foco manual como no automático, as câmeras mais baratas da Nikon, por exemplo, não tem motor de foco interno, e nem todas as suas lentes dispõe de foco automático, tome bastante cuidado com isso, pois ficar manualmente não costuma ser fácil para quem está iniciando. Bem, vamos agora aos principais tipos de lentes:

Teleobjetivas:

 São como as de um binóculo, tem a capacidade de trazer (aproximar) para o centro de quadro uma imagem que está muito distante, pense nisso se for fotografar em um pássaro pequeno em cima de uma árvore, apenas com uma teleobjetiva é que você conseguirá enquadrá-lo, essas lentes são ótimas também para retratos, por conta do seu foco restrito, criam com mais facilidade aquele efeito borrado com pouca profundidade de campo. Procure uma teleobjetiva clara (abertura de 2.8, por exemplo), mas elas costumam ser bem caras.

Macro:

Essa é uma das formas mais apaixonantes de fotografar, tanto para profissionais como para amadores, retratar através das lentes objetos ou seres que muitas vezes nem são visíveis aos nossos olhos, como a penugem de uma folha, ou detalhes do corpo de uma formiga, é fascinante. Essas lentes geralmente são encontradas em três distâncias focais: 50 mm, 90 mm e 180 mm. As lentes macro devem oferecer pelo menos metade do tamanho do objeto verdadeiro que está sendo fotografado. Elas podem ser usadas para outras utilidades, mas o seu real objetivo é focar em objetos ou seres pequenos e que estejam muito próximos das lentes.

Grande-angulares e olho de peixe:

Essas são lentes com um grande ângulo de visão, elas “enxergam” mais em um espaço restrito. São perfeitas para fotografar um grupo de pessoas em uma sala apertada, por exemplo, elas conseguem enquadrar todos em uma mesma fotografia, apresentam distâncias focais entre 15 e 35 mm, as lentes que vem no kit das câmeras (18-55 mm) são boas grande-angulares, embora não sejam muito claras, o que dificulta o seu uso em situações de pouca luz. Uma lente zoom, grande-angular como uma 18-200 mm é bastante versátil. Ainda existem lentes com distância focal de 10 mm e visão 180 graus! São as chamadas “olhos de peixe”, com elas é possível fotografar dentro de uma sala pequena enquadrando três das quatro paredes, mas tenha em mente que essas lentes distorcem os cantos das imagens, linhas retas vão aparecer curvas, então elas possuem pouca utilidade prática.

Então é isso galera, esse é o básico sobre os tipos de lentes para quem está começando no mundo da fotografia, em breve voltarei escrevendo mais a fundo sobre as mesma.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Flying Houses



O Frances Laurent Chéhère sempre se destacou em seu trabalho com as suas prestigiadas campanhas publicitárias de marcas famosas, porém, hoje não venho escrever aqui sobre elas e sim sobre outro trabalho, que considero mais interessante de Laurent, trata-se da exposição surrealista Flying Houses, fotografias de uma série de “casas voadoras” no subúrbio de Paris, com o notado uso de edição de imagens. “O que me atrai é olhar essas casas da periferia, mais pobres, mostrar a vida das pessoas e imaginar reportagens, histórias e depois criar o meu trabalho” afirmou Laurent em entrevista à revista Fotografe Melhor, o mesmo afirma também que a periferia parisiense, especialmente os bairros de Belleville e Ménilmontant, possui uma tonalidade fria, acinzentadas e com uma profunda ausência de amarelo, bem como um céu constantemente nublado, produzindo imagens em um clima mais sombrio. Além destas características, que contribui para a formação do contexto imagético que o fotografo deseja passar através das suas fotos, esses bairros o influência artisticamente, uma vez que grande parte dos seus ídolos, sejam eles fotógrafos, pintores ou cineastas utilizaram essa região de Paris como fonte de inspiração, e que esses bairros ainda concentram a mesma “energia” de décadas atrás.

Apesar da exposição Flyng Houses, ter como o princípio mais notável a manipulação de imagens, a responsável por criar o efeito surreal, não é preciso ter muita experiência com programas de edições para obter tais resultados. Segundo o próprio Laurent o mais importante em seu trabalho é outro aspecto: “Saio muito para caminhar, procuro esse tipo de arquitetura, onde o pessoal de baixa renda mora. Na maioria são estrangeiros, imigrantes, que tem uma vida muito fechada em casa” e fala também da importância do céu como o fundo dos seus trabalhos: “Trabalho essencialmente com o tipo de céu, pois quero uma unidade nas imagens. Depois coloco elementos que possam contar uma história”. Um detalhe curioso é que muitos elementos em seu trabalho vieram de outros países: “Um incêndio que fotografei na África... Mas usei em uma das fotos por conta nos de sua realidade”, conta ele se referindo a uma imagem de uma casa pegando fogo. A exposição ficou exposta em São Paulo, nos últimos três meses onde o público pode conferir de perto algumas das suas obras.  




fonte: Revista Fotografe Melhor, Julho de 2013.